Analfabetismo

Fonte: PNAD (IBGE) / PNE (MEC)
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O gráfico acima não deixa dúvidas. A taxa de analfabetismo no país vem diminuindo ao longo dos anos, e segundo dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, em 2009 cerca de 14 milhões de pessoas (9,7%) com 15 anos ou mais no país eram consideradas analfabetas.

No entanto, o ritmo da queda é bem mais lento do que as metas estabelecidas em 2001 durante a criação do Plano Nacional de Educação, documento que se propôs guiar os rumos das políticas públicas educacionais nos 10 anos seguintes.

Conforme lembra em seu blog o consultor educacional Luiz Araújo, segundo a previsão do PNE, o Brasil deveria ter erradicado em 2011 o analfabetismo. Segundo ele, em números absolutos a redução entre 2008-2009 foi de 14 milhões 247 mil para 14 milhões 105 mil.

Analfabetismo funcional


Se os dados acima já impressionam, veja ao lado a evolução do Indicador de Alfabetismo Funcional (INAF), medido pelo Instituto Paulo Montenegro em parceria com a ONG Ação Educativa.

Segundo a última pesquisa divulgada no fim do ano passado, 28% da população brasileira é considera Analfabeta Funcional. Em números absolutos, isso significa 37 milhões de pessoas que podem até conseguir ler informações explícitas e fazer cálculos básicos, não conseguem compreender aquilo que vêem.

Divididos por anos de escolaridade, a situação se agrava ainda mais. A pesquisa demonstra que 54% dos brasileiros que completaram a 4ª série atingem no máximo o nível rudimentar de alfabetização.

No documento é explicitado que nesse nível as pessoas "não são capazes de compreender textos mais longos, localizar informações que exijam alguma inferência ou mesmo definir uma estratégia de cálculo para a resolução de problemas".

Reformas na educação


Os problemas da Educação no Brasil podem até começar com a alfabetização da população, mas com certeza suas soluções passam por muitas questões complexas e de planejamento a longo prazo. É que o se vê em discussões entre os usuário de redes sociais como o orkut.

No tópico O que podemos fazer para mudar a educação pública, proposto em 2007 pelo professor de geografia Magno Rodrigues na comunidade Brasil pela educação, o consenso é de que a tarefa não é nada fácil.

Em seu comentário na primeira página do tópico, o usuário Schiante Sidney afirma que a universidade não é mais sinônimo de emprego como no passado e que agora um diploma não garante "absolutamente nada na vida" do graduado. Sendo assim, para ele:

Fica evidenciado que a passagem na Escola pela criança e adolescente não faz mais sentido. Estudar pra que? Para ser desempregado? Esta indicação aponta que a Escola continua a mesma de 10, 20, 30, 40 anos atrás, porém sem a amarração compensatória de que deveria sacrificar-se com aulas torturantes para no final ter um prêmio, o diploma e suas beneficias. Sem a colocação garantida no mercado de trabalho, a Escola perdeu a sua função social."

No tópico O que vocês acham do ensino no Brasil? os comentários são categóricos: 'uma vergonha!', 'lixo' e outras classificações são recorrentes. A discussão começou em 2006 na comunidade Eu gosto de estudar com hoje mais de 60mil membros.

Em seu comentário a baiana Émilin Nogueira falta comprometimento dos profissionais e alunos com o processo de ensino-aprendizagem. Outros usuários concordaram.

Apesar de um tanto extremista, a opinião fez eco e encontrou vários adeptos no tópico. A fala revelou uma visão de mundo desconcertante e colocou pra pensar outros usuários que questionaram em seus comentários qual seria o papel do ensino público brasileiro.

Há aqueles que enxergam uma conspiração elitista para 'manter o povo no cabresto' - outra visão bastante presente em tópicos que discutem Educação, e outros que lembram o papel fundamental da família no processo educacional, fazendo também propostas como a inserção da comunidade de forma mais efetiva na vida escolar e a implantação de um modelo de escola em tempo integral.

E quais são as propostas dos candidatos?


Na nova área de propostas em seu site, Serra promete para a Educação: construir mais creches, distribuir 100 milhões a partir da 5ª série e incentivar o aperfeiçoamento de professores com programas de promoção e bonificação por mérito. Alguns dos links a seguir se referem a rede social fechada do candidado: Proposta Serra.

Nas primeiras séries do ensino fundamental, a proposta é colocar duas professoras em sala de aula. A ideia segundo o vídeo é que "enquanto a professora titular passa a lição, a auxiliar ajuda a criança que está com dificuldade de aprender". A experiência já acontece em São Paulo e Serra pretende expandir para todo o país.

O ensino técnico tem destaque no programa de governo. A principal proposta é a criação do ProTec, uma espécie de ProUni, que forneceria bolsas parcias e integrais para cursos técnicos. A promessa é aumentar para 1 milhão as vagas nessa modalidade. No vídeo abaixo, também sobre o assunto, Serra fala que do ensino técnico o jovem já sairia com emprego garantido.



Não há propostas para o ensino superior.
Na seção Diretrizes de Governo, Marina possui um extensa área dedicada à Educação. No texto, a candidata apresenta propostas para a área com uma redação bastante ampla e sem um foco definido, destacando-se assim na página:

"Criação de um Sistema Nacional de Educação, que articularia as esferas municipal, estadual e federal para definir atribuições e responsabilidades na educação;

"Atenção à primeira infância articulada com as áreas de educação, saúde e assistência social", como a criação de creches de gestão comunitária e a aproximação de programas sociais afins.

"Ensino médio e profissionalizante", expandindo a rede de escolas técnicas e a capacitação profissionais de jovens.

No site, há ainda uma notícia que afirma que Marina Silva pretende investir na Educação e Tecnologia utilizando recursos do pré-sal.

O vídeo abaixo é o programa eleitoral do dia 26 de agosto da candidata no qual ela fala de educação, incluindo uma promessa de escola integral - aquela que privilegia vários tipos de conhecimentos.

Na seção Programa de Governo com propostas para Educação, a candidata - de forma bem geral - propõe prioridade à área, prometendo o básico, como por exemplo, o treinamento e melhores salários à professores, bolsas de estudos para evitar o abandono à escola e a expansão da rede de creches e escolas infantis à todo o país.

Já na notícia Dilma detalha propostas para a área de Educação, o texto afirma que é consenso entre os partidos coligados "a expansão da universidade pública e a interiorização dos campi pelo país; a construção de uma escola técnica nos municípios com mais de 50 mil habitantes; e a ampliação do Programa Universidade para Todos (Prouni)".

Ainda na página, há uma fala da candidata onde é revelado a opinião de Dilma sobre a área: "A questão que nos preocupa fundamentalmente é a qualidade da educação. Do ensino básico, passando pelo ensino fundamental, até a pós-graduação. E essa questão está focada no pagamento e na valorização adequada do professor ou professora".

Durante o programa eleitoral do dia 24 de agosto foram apresentadas conquistas do último governo e as propostas para caso a candidata seja eleita. No trecho selecionado abaixo fala-se sobre as propostas para a Educação Básica, Superior e Técnica.


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