O Brasil possui uma das maiores extensões de rodovias e estradas do planeta. Segundo os dados mais recentes da Agência Nacional de Transportes Terrestres, são exatamente 1.735.612 KM que cortam os quatro cantos do país.
O número é impressionante justamente porque inclui a totalidade das vias rurais existentes no país. Mesmo que no dia a dia usemos um nome para tudo, tem uma diferença: quando pavimentadas, as estradas passam a ser chamadas de rodovias pelo Código Brasileiro de Trânsito.
Dê uma olhada como os 61 mil quilômetros de Rodovias Federais, nosso assunto de hoje, são distribuídas pelo país no infográfico abaixo. Quanto maior o círculo, maior a extensão das rodovias no estado. Para informações mais detalhadas, clique na imagem.
Dê uma olhada como os 61 mil quilômetros de Rodovias Federais, nosso assunto de hoje, são distribuídas pelo país no infográfico abaixo. Quanto maior o círculo, maior a extensão das rodovias no estado. Para informações mais detalhadas, clique na imagem.
A situação
Muito se fala sobre as condições da malha rodoviária federal. Vários são aqueles que reclamam dos buracos, má sinalização e estado de conservação das pistas, e claro, das obras não finalizadas e daquelas tão prometidas duplicações nas pistas mais perigosas do país, que ainda não foram cumpridas.
O professor universitário, André Egg, comenta em seu blog que o Governo Federal investe pouco em infraestrutura e que o estado de várias rodovias no país é péssimo. E ainda completa:
Além disso, num país com tanta movimentação de automóveis e carga por caminhão, os principais eixos rodoviários do país ainda não tem pistas duplicadas, fazendo os motoristas enfrentarem o perigo das pistas de mão-dupla com ultrapassagens perigosíssimas, e altos índices de acidentes com morte."
André KenjiRodovia Presidente Dutra (BR-116), um dos corredores rodoviários de maior tráfego do país
Do outro lado, o governo via Blog do Planalto, e amparado na interpretação de alguns dados da última pesquisa nacional realizada pela Confederação Nacional dos Transportes, garante que não é bem assim.
No post afirma-se que comparado com as pesquisas anteriores, os resultados do ano passado demonstram uma melhora da qualidade das rodovias. Em 2009, eram 33% de com classificações aceitáveis.
No mesmo estudo realizado em 2005, apenas 5,9% dos trechos pesquisados receberam classificação ótima ou boa, e em 2007, 25,8%."
De fato, se observarmos o gráfico a seguir, o principal fator que puxa a qualidade das rodovias federais para baixo é a geometria. No Relatório Gerencial da pesquisa é detalhado esse aspecto, que diz respeito não só ao formato da pista (curvas, retas, declives...), mas também a existência de elementos como, por exemplo, faixas de trânsito e acostamentos.
Em entrevista ao Jornal Nacional da TV Globo no dia 11 de agosto, José Serra criticou a falta de investimentos por parte do governo nas Rodovias.
No vídeo, disponibilizado na rede Proposta Serra, o candidato fala do não uso dos recursos CIDE, imposto cobrado sobre o consumo e a importação de combustíveis no país. Segundo ele, apenas um terço do que é arrecadado foi gasto com as rodovias.
No vídeo, disponibilizado na rede Proposta Serra, o candidato fala do não uso dos recursos CIDE, imposto cobrado sobre o consumo e a importação de combustíveis no país. Segundo ele, apenas um terço do que é arrecadado foi gasto com as rodovias.
Dilma rebate esse dado em seu site seção O Brasil Mudou, afirmando que o investimento foi: "R$ 46 bilhões, com destaque para os R$ 32,9 bilhões investidos ao longo de 5.331 km de rodovias e 38,8 mil km sinalizados."
No vídeo abaixo, publicada em Junho na conta do YouTube da candidata, uma matéria produzida para o site oficial de Dilma dá conta que nos próximos anos com o PAC2 serão investidos 50 dos 109 bilhões previstos para o programa.
No vídeo abaixo, publicada em Junho na conta do YouTube da candidata, uma matéria produzida para o site oficial de Dilma dá conta que nos próximos anos com o PAC2 serão investidos 50 dos 109 bilhões previstos para o programa.
Acidentes
Rogério Tomaz JR
Seja resultado da má condição das estradas ou a imprudência de motoristas, o fato é que o Brasil continua recordista em mortes. Segundo os dados mais recentes do DNIT, do início do ano até junho foram 85.549 acidentes. Destes, 3.329 resultaram nas mortes de 4.067 pessoas em todo o Brasil. No mesmo período de 2009, 3351 morreram, o que representa para 2010 um aumento de quase 22%.
"Infelizmente, vimos muitos acidentes no caminho. A maioria por imprudência absoluta, já que a estrada está um tapete em quase todo o caminho Brasília-Recife".
Fotos de Rogério Tomaz JR, no Flickr
Propostas
O programa da candidata não contempla especificamente as Rodovias Federais, mas faz menção à sistemas de infraestrutura necessários para o desenvolvimento do país. Na seção Marina Responde, há o tópico Transportes onde é assumido como compromisso: "Melhorar a rede rodoviária, ferroviária e hidroviária com o objetivo de redução do custo dos fretes (viabilizando mais rapidez e segurança nas viagens), que num país que exporta commodities, é uma desvantagem competitiva que necessita ser superada".
Nessa transcrição da entrevista de Marina ao Jornal Nacional no início do mês de agosto, há menções à palavra "estradas" no tópico Licenciamento Ambiental: "Nós vamos trabalhar com sentido de urgência que esse país tem para sua infraestrutura, tanto em aeroportos como na questão da energia, das estradas, tudo que o Brasil precisa para se desenvolver."
Nessa transcrição da entrevista de Marina ao Jornal Nacional no início do mês de agosto, há menções à palavra "estradas" no tópico Licenciamento Ambiental: "Nós vamos trabalhar com sentido de urgência que esse país tem para sua infraestrutura, tanto em aeroportos como na questão da energia, das estradas, tudo que o Brasil precisa para se desenvolver."
Dilma Rousseff apresenta em seu site várias menções aos termos Estradas e Rodovias, em sua grande maioria relacionados aos feitos Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o que está por vir no PAC2.
Disponível na seção Rádio, a matéria em aúdio abaixo fala que a candidata defende a concessão de estradas à empresas particulares. No entanto, elas devem priorizar o menor pedágio, em contraponto às concessões feitas em São Paulo, que privilegiam o maior valor de compra do direito de exploração.
Segundo a candidata, o que é feito por Serra no estado é uma "concessão onerosa", já que sobretaxa o motorista como uma espécie de "imposto embutido" no preço do pedágio.
Disponível na seção Rádio, a matéria em aúdio abaixo fala que a candidata defende a concessão de estradas à empresas particulares. No entanto, elas devem priorizar o menor pedágio, em contraponto às concessões feitas em São Paulo, que privilegiam o maior valor de compra do direito de exploração.
Segundo a candidata, o que é feito por Serra no estado é uma "concessão onerosa", já que sobretaxa o motorista como uma espécie de "imposto embutido" no preço do pedágio.
Durante o #debateband, o candidato defendeu a concessão, em alguns casos, das rodovias federais à iniciativa privada. Serra acredita que o modelo de concessões já realizadas pelo Governo Federal não é eficiente, uma vez que a empresa que oferece o menor 'pedágio', não arrecadaria o suficiente para cobrir os custos de manutenção das estradas.
Prometeu também regularizar os investimentos dos recusos da CIDE nas BRs, no intuito de duplicar rodovias com alto tráfego que ainda são pistas simples.
O site do candidato encontra-se no momento fora do ar, trazendo uma versão reduzida que não dá acesso a seção anterior de propostas.
Prometeu também regularizar os investimentos dos recusos da CIDE nas BRs, no intuito de duplicar rodovias com alto tráfego que ainda são pistas simples.
O site do candidato encontra-se no momento fora do ar, trazendo uma versão reduzida que não dá acesso a seção anterior de propostas.
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